No retomar dos Direitos Humanos "abrace" o Botequim
Um espaço aquecido pela sombra de Natália Correia, pensadora, poetisa, "lutadora". No Largo da Graça, com o ambiente a meio tom, conversas cruzadas:
«FALAVAM-ME DE AMOR
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado»
Natália Correia (1979). O Dilúvio e a Pomba. Lisboa: Publicações D. Quixote.
Olhei para o cardápio e sorri: Piriquita (Red Wine). Imagem disponível em: http://aeiou.visao.pt/botequim-volta-a-graca=f573070 .
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado»
Natália Correia (1979). O Dilúvio e a Pomba. Lisboa: Publicações D. Quixote.
Olhei para o cardápio e sorri: Piriquita (Red Wine). Imagem disponível em: http://aeiou.visao.pt/botequim-volta-a-graca=f573070 .
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