Veja: a política do medicamento tem uma existência prévia à criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Mas, como todos "nós" sabemos, a regulação do mercado do medicamento depende de quatro fantásticos agentes. Contudo, no fundinho, mesmo no fundinho, sobrevive através de «apostas» em Investigação & Desenvolvimento (I&D). Sem demoras, os sunk costs abrem espaço para a ambígua e paradoxal taxa de retorno que, coitada, lá vai cambaleando com a patente do medicamento. E, como a festa tem de ser sempre em grande, permita-se o conflito entre equidade e eficiência; só assim se torna "moralmente admissível" o revelar de um drástico diagnóstico: ó senhores – é mortal: é a sobreprescrição.
De qualquer modo, estamos em época natalícia. Fale-se de ressurreição, ou seja, da INFARMED, aquela que "supervisiona os sectores dos medicamentos". Supervisiona tão bem que até se permite, de braço dado ao Sistema Europeu de Avaliação e Autorização de Medicamentos, simplificar (por aí) a dança dos transgénicos.
De qualquer modo, estamos em época natalícia. Fale-se de ressurreição, ou seja, da INFARMED, aquela que "supervisiona os sectores dos medicamentos". Supervisiona tão bem que até se permite, de braço dado ao Sistema Europeu de Avaliação e Autorização de Medicamentos, simplificar (por aí) a dança dos transgénicos.
Um pequeno texto que revela sabedoria e capacidade de síntess pouco habitual. Gostei. Nem podia esperar outra coisa.
ResponderEliminarHá muita coisa para falar...
Obrigada…há muita coisa para falar, ou seja, para trabalhar…risos. Mas, o que eu gostava mesmo é que houvesse frontalidade mediática. Porque, infelizmente, a conversa é sempre a mesma: «fazemos o melhor para o doente/paciente», o que, na verdade se traduz: A relação entre saúde/médico cumpre um sistema que está subjugado a um entidade chamada SNS que, por acaso, assume a parte financeira. Se assim é, a primeira conversa, da treta, anula-se, pelo simples facto de que o médico é obrigado a prescrever perante critérios de custo-efectividade dentro das chamadas guidelines. E, isto não tem que ser um aspecto negativo porque, como sabemos, o facto de muitas das vezes o médico se preocupar maioritariamente com o bem-estar do doente, ignorando, por exemplo, listas de medicamentos comparticipáveis, termina na mencionada sobreprescrição!
ResponderEliminarEstou com "pelo na venta" :)