segunda-feira, junho 29, 2009
Segundo as projecções "da" Direcção Geral de Saúde, a propósito do H1N1, estaremos mais vulneráveis no Outono - fica-se com a especulação de uma incidência de 25% , ou seja, 2,5 milhões de pessoas. Se cada um e cada uma destes 2,5 milhões contagiar "mais um/a" (na melhor das hipóteses) ficaremos com 5 milhões de pessoas afectadas.. "Alguém" me disse hoje: "é que tem mesmo motivos para ficar preocupada – ficar aterrorizada"... Deixo boas referências: http://www.cdc.gov/h1n1flu/ .
domingo, junho 28, 2009
Constatação: o problema não é informação – é má gestão. Não parece estranho que numa campanha só se venha falar dum aspecto (ainda que seja o mais importante)? Não parece estranho a não referência destas medidas para qualquer pessoa que se mova no meio hospitalar (obviamente com as suas medidas especificas em determinadas actividades)? Não parece estranho que num serviço de urgência (por exemplo) não se saiba efectuar a separação de resíduos hospitalares? Deve ser esse o problema..nada parece estranho – a apatia é boa e normal (não dá trabalho).
sábado, junho 27, 2009
quarta-feira, junho 24, 2009
É que é mesmo "Dia D" - dia da Excelentíssima Doutora M.F. L. (assim até parece "sexy") dizer que: "(...) as contas públicas estão piores desde que o Engenheiro Sócrates tomou conta do país(...)" - e é tão douta, tão douta que afirma mais uma pensamento difícil, pois precisamos de "(...) contas construídas doutra forma (...)/nós - Portugal- não pode estar condenado a não crescer... acredito efectivamente que aquilo que é preciso é mudar de políticas (...)". E, continuando o seu pensamento "majestoso" afirma que "(...) teríamos de ter combatido a crise através de medidas com efeito imediato... onde está a origem de criar emprego?! Nas pequenas e médias empresas - de que forma? o problema de tesouraria não se resolve dando mais crédito, o estado devia pagar as dividas às empresas...resolver-lhes o problema de tesouraria (...)". Não pára - logo de seguida debita outra reflexão "sensata", pois a "nacionalização" do BPN: "(...) foi uma decisão tomada um bocadinho sob joelho – havia outras fórmulas de resolver o problema sem ser pela nacionalização (...)", mas ela também diz que: "(...) eu não me manifesto - não faço juízos de valor sobre as pessoas". E mais! Ela é tão erudita, tão erudita que conseguiu enunciar isto (desculpem as partes, mas a dada altura "o pensamento foi complexo demais" para a minha mentezinha acompanhar): "(...) estamos endividados! Isso para mim não é possível...tenho tudo contra o facto do país estar endividado...vamos empobrecer porque basicamente como estamos endividados vamos precisar de crédito; as empresas e famílias vão ficar sem esse crédito...as empresas vão todas falir..eu faço a opção de salvar as empresas..elas é que vão salvar o país..elas é que dão emprego - não existe um economista credível que não diga o que estou a dizer". Eu cá só sei o que disse Albert Einstein: "The definition of insanity is continuing to do the same thing over and over again and expecting a different result…". Mas não se preocupem porque ela está muito, muito, muito preocupada, não vai aumentar os impostos até porque: "(...) os eleitores não precisam de alguém que os leve para o mundo da fantasia". Com isto esgotei todo chocolate, alguém me dá mais um pouco para eu voltar para mundo da fantasia?!
terça-feira, junho 23, 2009
Veja-se: Artigo 64 (saúde): 1- “Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover”. Artigo 65 (Habitação e urbanismo): 1- “Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e privacidade familiar”. Artigo 76 (Universidade e acesso ao ensino superior): 1- “O regime de acesso à Universidade e às demais instituições do ensino superior garante a igualdade de oportunidades e a democratização do sistema de ensino, devendo ter em conta as necessidades em quadros qualificados e a elevação do nível educativo, cultural e científico do país”. Não sei porque se lamentam tanto - não se entende logo que Portugal é um Hotel de Luxo Solidário?! É tudo espectacular! E já agora: porque é que o emprego não é também um direito?
segunda-feira, junho 22, 2009
Às 11: o "rapaz" diz-me que não tem o material pronto e, enquanto isso, ouço umas "saloias" a comentar "tão nova já aliançada" (pálida fiquei a pensar: NÃO "PORRA" NÃO VOU CASAR - segurei a calma..muita muita muita calma);
Às 14:30: livrei-me finalmente daquele problema – não o quero ver nem vestido de chocolate (o problema "era" como teria "explicado" que a carência de oxigénio é um parâmetro fundamental de controlo de qualidade);
Às 15:37: a pensar na capacidade de um bem ou serviço corresponder à perspectiva do utilizador;
Às 17:20: fui "fuzilada" com desenho organizacional e respectivo problema de "monocompetências";
Às 19: não aguentei a declaração de princípios meti-me no carro e aguardo pela multa no correio.
domingo, junho 21, 2009
Dificilmente me irei esquecer da metáfora utilizada (por meio de uma orquestra) para distinguir «fisiologia» de « metabolismo»: “Ao papel de cada músico chamamos metabolismo, ao conjunto chamaremos fisiologia” (Prof. Rui).. (Isto porque ele "insiste" que a fisiologia resulta da interacção dos vários metabolismos..).
Imagem disponível em: http://www.musica.gulbenkian.pt/orquestra/elenco.html.pt
sábado, junho 20, 2009
- Ela escarnecia: “estás com amnésia”;
- Eu: “se eu andar sem conhecer quem sou (...)”;
- Ela: “estás com alzheimer”;
- Eu: “se a tristeza é mais profunda que a dor (...)”;
- Ela: “esquece, estás em depressão profunda”...
Ouve lá ó minha “inábil” – mas ires “marcar” uns pontos (no padel) que é bom – NADA! Vai mas é apanhar bolas ó “packwoman”..
sexta-feira, junho 19, 2009
“Appelés, tu entends? tu entends ce mot dans plusieurs langues? J'essayais de le lui expliquer, de le lui traduire l'autre jour, à son premier sourire j'ai interrompu et je me demande, je me demande comment déformer la syntaxe sans y toucher, comme à distance” (Derrida, J. (1998). Psyché. Paris:Éditions Galilée. P.238).
quinta-feira, junho 18, 2009
quarta-feira, junho 17, 2009
Apesar de não "ter" um "eloquente" rigor científico [calma até agora não chego a ter fibromialgia] penso que a formação da placa bacteriana começa pela formação da película de glicoproteínas salivares. Num processo de horas "dá-se" a adesão Cocos Gram +, de 3 a 7 dias passam a Cocos Gram – e, já com uma placa madura aparecem as rebeldes "espiroquetas" que nos levam para a maldita cárie dental ou doença periodontal. Porém, já que se falava tanto das crianças e do contacto com o flúor deveria ser dito (como é óbvio) que quando nascemos a nossa cavidade oral é estéril apenas por poucas horas - até um "individuo/a" nos transmitir microorganismos (aderindo depois à "nossa" mocosa oral). A partir daqui é como se existisse uma evolução, ou seja, antes da erupção dentária a flora é composta por estreptococos. Após esta erupção os primeiros microorganismos ("malandrecos") aderem à superfície. Depois, na "puberdade", há uma viragem significativa na flora oral por parte das bactérias implicadas na destruição periodontal...e assim, gradualmente, ao longo da idade. Citando o Professor "a cárie dentária é um processo patológico, que aparece na erupção do dente, consistindo no amolecimento dos tecidos duros do dente, evoluindo para a forma de cavidade". Ora, é esta evolução que nos permite distinguir (na etiologia da cárie) factores primários e secundários. Quanto primeiros, deve considerar-se o dente, a microflora e o substrato. Quanto aos segundos, deve considerar-se desde a composição da saliva, ao fluxo da saliva, à higiene oral, ao tipo de alimentação, à idade e morfologia do dente e ao grau de fluoretação (é que estes factores contribuem para o aumento ou diminuição da resistência do dente, transformando a natureza quantitativa ou qualitativa da flora para além de influenciar a cariogenicidade do substrato alimentar). Isto mal se falou...tal como pouco se disse do facto de termos dois tipos de depósito bacteriano: um aderente (constituído por bactérias filamentosas) e outro livre (em que as bactérias estão retidas pelas paredes dos tecidos moles). E isto resolve-se com um "cheque-dentário"?!
A dada altura do "programa" uma Senhora (peço desculpa, mas o nome não "apanhei") disse (cito de memória): "o contacto com o flúor é uma grande medida de saúde pública"..E eu pensei: mais uma frase "magnífica" para a OMS! De facto, a frase faz sentido, mas devemos lembrar especialmente aos jovens que, por exemplo, a periodontite não tem reversão. Assim, um caso de gengivite (ou seja, inflamação tecidual) pode evoluir para periodontite (porque apesar de haver gengivite sem periodontite, não há periodontite sem gengivite), destruindo o tecido de suporte – não sendo possível regenerar o ligamento periodontal "ad integrum" (veja-se na imagem a "membrana periodôntica"). O que fazer? Sim, a "escovagem" é o essencial e, se possível, utilizar flúor para que o dente se torne resistente ao ácido de desmineralização... Enfim, para isto não se tornar aborrecido (que já é) deixo as palavras que "recebia" sempre no fim de cada aula: "A cárie parece a doença da civilização. Portanto, coma duro, coma seco (pouco aderente) e coma vivo (não refinado)"....(Parece-me que à semelhança do PNV é preciso começar por integrar os Médicos Dentistas nos centros de saúde e ir trabalhando por ai..).
terça-feira, junho 16, 2009
segunda-feira, junho 15, 2009
Apenas a tentar compartilhar o possível evento: http://www.fnac.pt/pt/espectaculos/Default.aspx?evento=1566 . E, se não for muita “maçada”, aproveito para confidenciar que dia 26 deste mês “consta” no meu B.I. que faço anos..perceberam?! (risos).
domingo, junho 14, 2009
Mensagem do Dr. Daniel Pereira da Silva director do serviço de Ginecologia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra (...). Assinem a petição www.cervicalcancerpetition.eu para que o cancro do colo do útero venha a ser discutido no parlamento europeu, de modo a que os rastreios sejam uma realidade em todos os países, nomeadamente em Portugal, onde só existe na região centro. Obrigada".
Ainda perplexa...Então (mas) a acentuação do olhar tem um endereço directo para um motivo do pensar?! E esse “olhar” tem sempre de ter tradução?! Assim se arquitectam meras deduções “incorrectas”... É como se: 1- Se estás a “fitar” a atenção no “incógnito”, então é porque estás a pensar. 2- “Fitas” a atenção no “incógnito”. Estás a pensar. Enfim, talvez seja a ocasião para repensar, pensando : “Chose étrange, elle voyait qu’elle ne voyait pas, mais elle ne voyait pas bien” (Cixoux, H., Derrida, J. (1998). Voiles. Paris: Éditions Galilée. P. 11). I think that I only need some silence...
sábado, junho 13, 2009
sexta-feira, junho 12, 2009
«Todos temos (além da mãe) um grande número de amigos e conhecidos comuns que não são crianças» ( Rilke, R. M. (2008). Histórias do Bom Deus (1ª ed., Filipe, S., Trad). Vila Nova de Famalicão: Edições Quasi. P.17). Em mim, são ruas, pensamentos e vozes confusas entre o “consciente” e “inconsciente”..expressões de um olhar longínquo que está presente – voz que abandona este mesmo corpo. « Isto faz-me pensar numa certa rapariga jovem. Pode dizer-se que nos primeiros dezassete anos da sua serena vida apenas olhou. Os seus olhos eram tão grandes e tão autónomos, que eles próprios consumiam o que percepcionavam, e a vida prosseguia por todo o corpo do jovem ser, independente deles, todo o peso do exterior caiu no coração obscurecido; e, a cada dia, esse peso se despenhava com tal ímpeto naqueles olhos abruptos e profundos, que no peito estreito o coração se quebrava como um vidro. Então a jovem rapariga empalideceu, começou a adoecer, a isolar-se para reflectir e por fim, por si própria, procurou aquela tranquilidade em que provavelmente os pensamentos já não são perturbados». ( Ibidem, P.43).
Imagem disponível em: http://farm4.static.flickr.com/3334/3331113520_38b21d8204.jpg.
quinta-feira, junho 11, 2009
quarta-feira, junho 10, 2009
Parti do princípio que a imunologia investiga os fenómenos da imunidade, ou seja, os fenómenos de resistência contra agentes infecciosos ou, doutro modo, os fenómenos que possam afectar a integridade do organismo. Assim, foi possível atentar aos dois meios que o organismo dispõe para "lidar" com os agressores. Então, numa primeira via temos meios espontâneos e não específicos e, numa segunda via, temos meios adquiridos e qualificados de específicos.
A primeira via abrange: 1) factores tecidulares (inclui o revestimento cutâneo -mucoso, as condições de pH, os processos enzimáticos de origem bacteriana e, a actividade de enzimas das secreções mucosas como a lisozima); 2) factores celulares que qualificam a reacção inflamatória (tem por finalidade captar e eliminar agentes "estranhos" pelo processo da fagocitose); 3) factores humorais (que pelo que percebi são anticorpos adquiridos); 4) factores constitucionais (que me parece levar a uma mecanismo de defesa inespecífico através do interferão). Já numa segunda via temos os meios de defesa adquiridos e específicos respectivos às reacções imunitárias. Estas acabam por ser a reacção do organismo (através do antigénio captado por macrófagos) à "penetração" de alguma substância estranha. Por conseguinte, podemos distinguir dois tipos de reacção imunitária: a) humoral, aquela que se caracteriza pela síntese de imunoglobulinas através do tecido linfóide como resposta aos anticorpos circulantes; b)celular, aquela que provém da acção das células mononucleadas que actuam directamente ou através de substâncias intituladas de citoquinas. Porém, para entender tudo isto talvez seja necessário esclarecer que as células do sistema imunitário envolvem linfócitos e várias células acessórias. As células acessórias possuem quase todas as células sanguíneas, acabando por intervir nas diferentes fases da resposta imunitária (apresentação antigénica; regulação da resposta imunitária; efectivação da resposta imunitária). Contudo, a célula linfóide que é promotora dos vários tipos de células denomina-se de "stem cell" (célula mãe), permitindo a sub-divisão em Linfócitos T, Linfócitos B e Células NK ("Natural Killer"). O mais curioso de observar acaba por ser a organização das células linfóides disseminadas nos órgãos linfóides. É, por isto, que "possuímos" órgãos linfóides primários (medula óssea e timo) que originam a diferenciação e maturação linfocitária; e, órgãos linfóides secundários (baço, amígdalas, tecido linfóide associado às mucosas) que dão origem à interacção dos linfócitos com o antigénio ou outras células acessórias. Neste contexto e indo de encontro ao objectivo do que me era "solicitado", foi possível diferenciar os Linfócitos T dos Linfócitos B.
No que diz respeito aos Linfócitos T podemos mencionar pelo menos dois subtipos: LT CD4 e LT CD8. As células LT CD4 ainda se subdividem em Th1 (que activam os macrófagos e células citotóxicas) e Th2 (que activam os linfócitos B efeito "helper" e produção de anticorpos para a defesa de parasitas). As células LT CD8 acabam por produzir citotoxidade após a estimulação Th1. Há ainda a referir que tanto os LT CD4 como os LT CD8 têm um portador de complexo CD3/ TCR para que se encontre a especificidade dos Linfócitos T face aos antigénios. Já no que diz respeito aos Linfócitos B, são responsáveis pela Imunidade Humoral, produzindo anticorpos (apesar de não matarem o vírus tumoral). Talvez seja mais correcto dizer que estes LB acabam por se diferenciar em células produtoras de imunoglubinas, ou seja, em anticorpos (nos quais temos cinco classes: IgG, IgM, IgA, IgE e IgD). Porém, este processo depende sempre da coadjuvação dos Linfócitos T (no caso dos CD4 Th2 temos a acção auxiliadora; nos CD4 Th1 temos a estimulação limitada da produção de imunoglobinas). Devo ainda salvaguardar a importância das células NK (matam espontaneamente certas linhas tumorais), pois são desprovidas de receptores com variabilidade "colonal" que são próprios para antigénios. "Há coisas fantásticas não há" ?
Pode procurar-se algumas referências bibliográficas: P. Lentonturier (2004), Guia Prático Climepsi de Imunologia Geral (trad. Sousa, C. e Alegria, P.). Lisboa:Climepsi Editores. Pp.15-33. / M. S. Rosa e A. M. Pinto, «Princípios Básicos sobre a Resposta Imunitária», pp. 1-17. / W. F. C. Ferreira, J. C. F. Sousa (coordenação) (1998). Microbiologia Vol. 1. Lisboa: Lidel-edições técnicas. Pp.162-163./ http://www.cs.unm.edu/~immsec/html-imm/introduction.html.
Imagem disponível em:
terça-feira, junho 09, 2009
segunda-feira, junho 08, 2009
Vou por ai sem saber bem por onde – vou como se estivesse “alucinada” com uma “realidade” abstracta que me rasga a roupa, o corpo, o sangue. Pergunto por ti em mim, pergunto por mim em ti...ocorrem-me sonhos “mirabolantes” que me fazem mergulhar pela água gelada. A cara escorre, o peito arrepia-se, os braços desmaiam. Inclino-me e cito Baudelaire como “ele” citou Barbereau: « Não compreendo porque o homem racional e espiritual se serve de meios artificiais para chegar à beatitude poética, uma vez que o entusiasmo e a vontade bastam para elevá-lo a uma existência supranatural. Os grandes poetas, os filósofos, os profetas são seres que pelo puro e livre exercício da vontade chegam a um estado em que são ao mesmo tempo causa e efeito, sujeito e objecto, magnetizador e sonâmbulo» (C. Baudelaire, Os paraísos artificiais, trad. José Saramago, Editorial Estampa, Lisboa, 1971, p.207).
sábado, junho 06, 2009
« Ás 15H00 tudo parou. As urnas fecharam-se, vieram as perguntas, mas faltaram algumas respostas. De repente, as votações para o conselho pedagógico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) ficaram impugnadas. Porquê? As explicações divergem. A verdade é que enquanto as votações para eleição da assembleia da faculdade decorriam com normalidade, as do conselho pedagógico levantaram os ânimos. O positivo: nunca nas Letras se viu tamanha participação dos estudantes, sobretudo à beira do fim-de-semana.
Foi Tiago Martins, estudante da licenciatura de Jornalismo, que deu o alerta. Basicamente havia duas urnas, uma para alunos do primeiro e segundo ciclo, outra para alunos do terceiro ciclo, isto nas votações da assembleia. Porém, na votação para o conselho pedagógico havia apenas uma para ambos os ciclos. Veio a confusão. Argumento puxa argumento, a comissão eleitoral decide impugnar o acto e marcar novas eleições. Terça-feira, dia 9 de Junho, os alunos voltam a ir às urnas.
"Quem exerceu o direito de voto vai ser lesado". Ruben Fonseca está contra a impugnação do acto. Mais, argumenta que o mesmo não devia ter sido anulado, sobretudo sem avisarem os alunos. "Muitos estudantes do primeiro ciclo e segundo ciclo votaram. Se estava em causa 37 do terceiro ciclo não terem votado, marcava-se nova data só para eles", explica o estudante do terceiro ano da licenciatura em Filosofia. Vitor Ferreira é um dos que votou, e que viu o voto anulado. O estudante de mestrado em Política Cultural Autárquica terá dificuldade em vir votar na terça-feira, uma vez que trabalha. Contudo, não é caso único. E porque não é, um grupo de alunos fez circular um documento.
"Depois da decisão de anulação do acto eleitoral, este deveria ser reposto nas mesmas condições, ou seja, a uma sexta-feira, a fim de permitir uma participação plena de todos os alunos da faculdade", lê-se no documento. Tal não aconteceu, e a nova votação mantém-se para terça-feira.
Ruben Fonseca fala que falta transparência no acto eleitoral e ilegalidades. Ana Beatriz Rodrigues garante que havia um factor a impugnar, "daí que tenha sido tudo anulado". Aliás, a aluna do Mestrado em Estudos Europeus afirma que uma das listas ao pedagógico, neste caso a Lista F, não cumpria os requisitos exigidos. E isso "é que é uma injustiça muito grande". Porém, Joel Fernandes, cabeça de lista da F, sublinha que a representatividade na mesma nunca esteve em causa. Aliás, "só foi reorganizada"».
sexta-feira, junho 05, 2009
"Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. - Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra" (A Bíblia Sagrada, trad. João Ferreira de Almeida, Envangelho de S. Mateus, Cap. 5, Versículos 38, 39).
É-me possível perguntar: "EU" "QUEM"?
E dou-me a esta leitura: "Mas quem assina? É Deus, o Absolutamente Outro, como sempre. A violência divina terá precedido, mas também dado, todos os nomes. Deus é o nome desta violência pura - e justa por essência: não existe outra, não existe nenhuma outra antes dela, e diante da qual ela tenha de se justificar. Autoridade, justiça, poder e violência são nele uma só coisa.
Sempre o outro assina, eis talvez aquilo que este ensaio assina. Ensaio de assinatura que se arrebata na sua verdade, a saber, que sempre o outro assina, o absolutamente outro e absolutamente outro é absolutamente (qualquer) outro [tout autre est tout autre]. É o que se chama Deus, não, é o que se chama Deus quando necessariamente ele assina no meu lugar, mesmo quando eu creio nomeá-lo, a ele. Deus é o nome desta metonímia absoluta, o que ela nomeia deslocando os nomes, a substituição e o que se substitui nesta substituição (...)". (Derrida, J. (2003). Força de Lei ( Bernardo, F. trad.). Porto: Campo das Letras. Pp. 100-101).
Imagem disponível em: http://img-nex.theonering.net/images/scrapbook/4630.jpg
Só me “ocorrem” as palavras de Clarice: “Viver na orla da morte e das estrelas é vibração mais tensa do que as veias podem suportar. Não há sequer um filho de astro e de mulher como intermediário piedoso. O coração tem que se apresentar diante do Nada sozinho e sozinho bater em silêncio de uma taquicardia nas trevas. Só se sente nos ouvidos o próprio coração. Quando este se apresenta todo nu, nem é comunicação, é submissão. Pois não fomos feitos senão para o pequeno silêncio, não para o silêncio astral” .Lispector, C. (1999). Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres. Lisboa: Relógio D’ Água Editores, p.33.
Foto de Eric Kellerman
quarta-feira, junho 03, 2009
terça-feira, junho 02, 2009
Pequena
rosa,
rosa pequena,
às vezes,
diminuta e nua,
parece
que numa das minhas mãos
tu cabes,
que assim vou apertar-te
e levar-te à boca,
mas,
de repente,
os meus pés tocam os teus pés e a minha boca os teus lábios,
cresceste,
os teus ombros erguem-se como duas colinas,
os teus peitos passeiam pelo meu peito,
o meu braço mal consegue cingir a delgada,
linha de lua nova que há na tua cintura:
derramaste-te no amor como água do mar:
meço apenas os olhos mais dilatados do céu
e inclino-me sobre a tua boca para beijar a terra".
Neruda, P. (2004). Os versos do capitão (Martins, A., Trad.). Porto: Campo das Letras. P. 15.