terça-feira, março 03, 2009

Crípton na cabeça:

Ainda que “exclua” algumas afirmações titulares como: “Porque Sou Tão Sábio” (muito ao género do meu amigo Gato de Cheshire) sinto-me na obrigação de me curvar diante doutras palavras de Nietzsche: “A fortuna da minha existência, a sua singularidade talvez, reside na sua fatalidade: na qualidade de meu pai, para me exprimir em forma de enigma, estou já morto; na qualidade de minha mãe, ainda estou vivo e vou envelhecendo. Esta dupla proveniência, por assim dizer, a partir do degrau mais alto e do degrau mais baixo na escala da vida, ao mesmo tempo decadência e início, é o que explica – se alguma explicação houver – aquela neutralidade, aquela isenção em relação ao problema geral da vida que talvez me caracterize”. (Nietzsche, F. (2000). O Anticristo, Ecce Homo e Nietzsche Contra Wagner (Castro, P. O. Trad.). Lisboa: Relógio D’Água.P.119.). Só assim se compreendem aquelas palavras declamadas em Filosofia Contemporânea de que “todos estamos na situação de herdeiros” e, de que, herdar é saber o que nos é legado, é saber herdar e saber bem herdar esse legado….Logo, quando herdamos um nome, herdamos também a certeza da nossa finitude, tal como, a certeza de que o começo está já perdido por um desvio do começo deste mesmo começo. Portanto, será que algum dia vou começar?

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