sexta-feira, fevereiro 27, 2009
(Imagem disponível em: http://www.leonardoidea.it/leonardoidea-foto/leonardoidea-casa-criptex-macinapepe/leonardo-idea-criptex-macinapepe3.jpg)
2º Depois, Jacques Derrida;
3º Agora, Tratamento Estatístico...
Estou a dar pequenos passos na linha da loucura...eu sei....
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
"Doente. Sinto-me com febre e com delírio
Enche-se o quarto de fantasmas. 'Ma visão
Desenha-se ante mim tão branca como um lírio
Debruça-se de leve… Estranha aparição!
É uma mulher de sonho e de suavidade
Como a doce magnólia florindo ao sol poente
E disse-me baixinho: «Eu chamo-me Saudade,
E venho para levar-te o coração doente!
Não sofrerás mais; serás fria como o gelo;
Neste mundo de infâmia o que é que importa sê-lo
Nunca tu chorarás por tudo mais que vejas!»
E abriu-me o meu seio; tirou-me o coração
Despedaçado já sem’ma palpitação
Beijou-me e disse «Adeus!» E eu: «Bendita sejas!...»"
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
terça-feira, fevereiro 24, 2009
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Os motivos são tantos que seria inadequado evocar apenas um…Todavia, é-me possível mencionar algumas experiências que “atiçaram” a ponderação para o mínimo de sensatez!
Relembrando em 1932 efectuou-se uma experiência em vista a conhecer a história natural da Sífilis e complicações derivadas. Para isto, violaram-se os “direitos de cidadãos” na cidade de Alabama…Como? O serviço se Saúde Pública dos E.U.A. iniciou um estudo com 600 “negros” dos quais 399 padeciam de Sífilis. Porém, não foi comunicado a nenhum dos 600 o seu estado de saúde, nem o porquê da investigação. O tempo passou e esta experiência durou 40 anos, levando à morte de mais de 100 “negros”…Note-se foram 40 anos! Esta loucura só veio a terminar quando Jean Heller publicou uma reportagem no New York Times (26.7.72) a denunciar o decorrer da experiência. Assim, apareceu um “Código de Nuremberga” para uma dita ética da investigação que respeite normas e, defenda a integridade humana, a integridade da vida. O “Julgamento de Nuremberga” sentenciou 23 médicos alemães Nazis (apesar do número de médicos envolvidos ser muito superior), que participaram ou foram cúmplices em experiências que originaram a morte de milhares de seres humanos. Basicamente foram acusados de quatro tipos de práticas: 1- crimes de guerra; 2- crimes contra a humanidade; 3- conspiração; 4- organizações criminosas. Tudo isto parece “básico”, mas as experiências praticadas por estes senhores envolviam práticas como: técnicas de esterilização; enxertos ósseos; emprego de novos fármacos; infecções provocadas; experiências de hipotermia e hiperbáricas; etc.. Evoquemos mais um exemplo: Sigmund Rascher retalhava as vítimas ainda vivas para estudar os seus pulmões após terem estado expostos a situações de descompressão (no Instituto de Aviação de Luftwaffe). Este jovem médico acabou por ser fuzilado, o irónico é ter sido pela ordem de Himmler…
Enfim há muitos mais motivos como estes …afinal do que se fala quando se fala de ética?
domingo, fevereiro 22, 2009
sábado, fevereiro 21, 2009
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
1º- Na Declaração de Copenhaga em 1992: “O diagnóstico é geralmente feito na presença de dores generalizadas, fadiga persistente, rigidez generalizada (matinal), sono não retemperador e múltiplos tender points. Muitos doentes com estes sintomas têm 11 ou mais pontos dolorosos. Mas uma proporção variável de outros doentes típicos pode apresentar menos do que 11 pontos na altura do exame”.
2º- In, Quintner, J., & Cohen, M. (1999). Fibromyalgia falls foul of a fallacy…”: “O diagnóstico consiste num sistema de adivinhação mais ou menos preciso no qual o ponto de chegada é um nome. Estes nomes, quando são aplicados a doenças, vêm a assumir a importância de entidades específicas, embora não sejam mais do que concepções inseguras e portanto temporárias”.
3º- In, Barker (2005), The Fibromyalgia Story: “O doente tem fibromialgia? Ninguém pode ter fibromialgia. A fibromialgia é apenas uma palavra que usamos para representarmos a situação de alguém que se queixa com dores crónicas generalizadas, fadiga e alterações do sono, e apresenta pontos dolorosos no exame físico. Não é uma doença, é uma descrição”.
A minha pergunta é: o diagnóstico não é por definição, o conhecimento efectivo, ou em confirmação, sobre algo no momento do exame? Não é a discrição minuciosa de algo? Eu penso que se devem ler estes documentos ou outros estudos “fidedignos”…Repare-se nisto: “(…)I was never able to have a stable relationship, something I deeply regret. Numerous boyfriends accused me of working to much; yes I was, like many fibromyalgia patients, too perfectionist, too demanding with myself. Since January 2000, and because I never wanted to quit my job, I have put aside any hope for a stable emotional relationship: I do not have the time nor the energy for it. My lover is now called fibromyalgia and takes up all of my free time, requires my presence as soon as I can rest or when I have a weekend off…"(Maria Elisa Domingues, Les Entretiens du Carla, 2006)… não está a falar de fibromialgia, mas de si mesma…!!!
Imagem dos "tender points" em: http://www.brasilpnl.com.br/artigos/imagens_artigos/eft_fibromialagia_pnl_pontos.jpg
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Hoje mais um dia passado na leveza do pensamento nunca interrompido seja por terra quente ou mar gelado. Longe de deixar o dia correr sem cair na abstracção dos sonhos e pesadelos que me assombram talvez sossegue um pouco quando deixar de ser quem sou, a introspecção levada ao extremo! nada me agrada, tudo o que me faz sorrir deixa-me a chorar por saber que já passou e adivinhar tudo o que se segue tudo me perturba e me inflama, sem mais por onde me agarrar........ e a esta matéria pertenço, sempre pertenci e nunca me irei perder.. tal notícia tal desgraça.......... não quero senão não ser não quero senão deixar-me em vazio eterno, em vez de carne aprisionada na Terra que me criou que me engoliu e que é dona e senhora de mim choro porque nunca irei deixar de ser, seja o que for, então de que vale a morte? se iremos renascer em outros? sem saber quando, onde, nem porquê? dominados pela sua sentença que fará o que quiser de nós para sempre!
1- Amor incestuoso e amor homossexual não são analógicos;
2- A orientação sexual "É", não se opta "Por"…
3- É diferente: “cometes-te um erro”; “vocês são um erro”;
4-Qual a medida da “diferença”?
Pergunto-me, como é que numa sociedade “dita” democrática temos tanta “homofobia”? Mas, mais interessante ainda…é conseguir observar o quão “medíocre” é o corpo docente do ensino superior…salvo raras excepções…Isto é, de facto, preocupante! Assustador…
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Lá dizia o C. Baudelaire que os sonhos do homem podem ser de duas classes. Em primeiro, o sonho natural, baseado na vida comum e conjugado com alguma excentricidade pela tela da memória. Em segundo, o sonho hieroglífico, aquele absurdo paradoxal baseado em algo sobrenatural… Agora pergunto-me: estarás só a falar de “haxixe” Baudelaire? “Os sons revestem-se de cores, e as cores contêm uma música” (C. Baudelaire, Os paraísos artificiais, trad. José Saramago, Editorial Estampa, Lisboa, 1971, p.35).
domingo, fevereiro 15, 2009
sábado, fevereiro 14, 2009
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Sabemos que é um dos cinco sólidos platónicos, sabemos que tem todas as arestas, mas também sabemos que há sempre “faces” que não conseguimos ver. Porém, sabemos que estamos a olhar para um cubo. Então…o que me permitirá saber que estou a ver um cubo? Quando é que o cubo ganha forma?
(Imagem em: http://www.vejaisso.com/wp-content/uploads/2008/01/cubo-magico-deficiente-visual.jpg)
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
2- Após a definição da O.M.S (de saúde) concluímos: temos os doentes (pela definição da O.M.S seriamos todos), os normais (ui, uma raridade) e os novos "betweens" (o paradigma que ocorreu nas aulas de epidemiologia geral).
3- Um cirurgião pode salvar uma pessoa, mas um epidemiologista milhares (delas) ...
terça-feira, fevereiro 10, 2009
(Imagem disponível em: http://aeiou.expresso.pt/o_courrier_internacional_de_fevereiro=f494803).
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
domingo, fevereiro 08, 2009
sábado, fevereiro 07, 2009
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
A espíritos néscios parecerá singular, e mesmo impertinente, que um quadro das volúpias artificias seja dedicado a uma mulher, a mais comum fonte das mais naturais volúpias. Todavia, é evidente que tal como o mundo natural penetra no espiritual, lhe serve de alimento, e concorre assim para operar esse amálgama indefinível a que chamamos a nossa individualidade, a mulher é o ser que projecta a maior sombra e a maior luz nos nossos sonhos. A mulher é fatalmente sugestiva; vive de uma outra vida além da sua própria: vive nas imaginações que frequenta e fecunda”.
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
terça-feira, fevereiro 03, 2009
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
domingo, fevereiro 01, 2009
Os argumentos dedutivos (bem construídos) são argumentos em que a verdade das premissas irá garantir a verdade das conclusões, porém é preciso ter em atenção que os argumentos dedutivos apenas nos dão certezas se as premissas forem correctas. Como as premissas dos nossos argumentos raramente são certas, as conclusões dos argumentos dedutivos da "vida real" têm de ser "apreciadas/consideradas" com algumas reticências. Por outro lado, quando encontramos premissas fidedignas as formas dedutivas são muito úteis... Mesmo que as premissas sejam incertas, as formas dedutivas permitem um modo de organizar um argumento (principalmente em ensaios argumentativos). Expondo apenas um:
p ou q.
Se p, então r.
Se q, então s.
Logo, r ou s.
Exemplo: Um dilema célebre é o de BIAS (um dos Sete Sábios da Gécia):
-Se vos casardes, desposareis uma mulher bela ou uma mulher feia.
-Se ela é bela, sereis ciumentos.
-Se ela é feia, não a amareis.
-Portanto, não vos caseis.