Dias:
sábado, janeiro 31, 2009
A brincar com a seriedade...
1- Como salientar e marcar a diferença para pensar o interesse e a importância de considerar um certo "feminino" enquanto hospitalidade incondicional? 2- Como "pôr" esta hospitalidade incondicional no rumo de um repensar da mundialização, mas também na orientação da "alter-mundialização"?
Já agora, após uma semana de "intrigas politicas" quando se falará de "mundialatinização" como primeira necessidade à meta-linguagem?
Imagem de: objectos.blogspot.com
sexta-feira, janeiro 30, 2009
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Continuarei a tentar perceber do que se fala quando se fala de ética (e, por muito tempo) …
Partindo do princípio que a palavra “ética” deveria surgir como primeiro motivo de reflexão..E. Lévinas deu-nos a pensar a ética hiper-criticamente, assim... podemos sair das ideologias éticas/normativas em vista a pensar a relação ética como relação ao outro (infinitamente estranho, secreto, separado). Contudo, deve sempre ter-se presente o limite do pensamento levinasiano devido ao facto de ser uma ética que se ocupa do humano enquanto humano!
Só para vos situar penso (aqui) numa divisão muito sucinta entre ética autonómica, em que Heidegger reinterpreta o “ethos”, deixando de significar “costumes”, para significar o modo do homem habitar no mundo; e, ética heteroautonómica a qual nos leva a pensar a subjectividade do próprio sujeito, o caminho de uma vida interior, o separado (kaddosh). Mediante disto, Lévinas deu-nos a pensar a ética num outro sentido, no sentido de “santidade” reflectida no rosto de outrem, um rosto que apela já à sua vulnerabilidade. Assim, já diante dum rosto que é o rosto do outro, secreto, separado está desde logo o apelo à obrigação incondicional. É precisamente esta obrigação incondicional diante do outro que me parece permitir pensar a singularidade que, por sua vez, deve entender-se na sua ambiguidade. Por um lado, a singularidade deverá ditar todas as “leis nómicas”, por outro, a mesma “singularidade” permite ajuizar a justeza às leis (éticas), permitindo assim, pensar a própria excepção. É, neste sentido, que E. Lévinas nos dá a pensar a interpretação judaica da ética, permitindo-lhe repensar a tradição ético – filosófica, traduzindo a sinonímia entre “Santidade” e “Ética”. É precisamente esta sinonímia que vem salientar o reconhecimento da alteridade como primazia, manifestando assim, a experiência dissimétrica entre o “eu” e o “outro” em que ambos estão no mesmo plano, embora seja necessário saber que “outro” significa desde logo a obrigação da responsabilidade. Nesta orientação, diante de um repensar da eticidade da ética poderemos aproximar-nos de uma “noção” de ética, proferindo que é a atenção ou o reconhecimento da “Lei das Leis”. Todavia, este reconhecimento significa alcançar que a “lei do outro” não tem nenhum fundamento absoluto e, por isso, não dirá respeito a nenhuma ética normativa (no seu sentido de ethos). É, neste contexto, que nos poderemos situar diante uma ética da inquietude, abrindo espaço à incondicionalidade do “eu” ao “outro”. Esta incondicionalidade (que depois com J. Derrida se traduz em hospitalidade incondicional) poderá sentir-se (leia-se De L’Utilité Des Insomnies) enquanto insónia, se se entender por insónia o despertar meta-ético. Ou seja, no fundo ter insónias seria estar profundamente desperto na medida em que a vigília ocorre diante do outro. À pergunta de Bertrand Révillon: “Est-ce important d’avoir des insomnies? », Lévinas respondeu : « L’éveil est, je crois, le propre de l’homme. Recherche par l’éveillé d’un dégrisement nouveau, plus profond, philosophique. C’est précisément la rencontre de l’autre homme qui nous appelle au réveil, mais aussi des textes qui sont issus des entrenties entre Socrate et ses interlocuteures». Ora, se é precisamente o encontro do outro homem que nos chama a acordar, o encontro do outro é também o grande acontecimento, a visitação, o grande « trauma ». Este é, de facto (na minha orientação), o pano de fundo para estabelecer uma crítica às éticas normativas, na medida em que o encontro do outro não se reduz a nenhum saber suplementar. Pelo contrário, o encontro do outro convida a minha responsabilidade à sua situação de excepção, trazendo uma linguagem que surge na resposta ao apelo do outro ou, doutro modo, uma linguagem que é um apelo ao outro e ao mesmo tempo a chave da modalidade da “desconfiança” (se-méfier-de-soi).Daqui se entende que a proximidade é também uma distância absoluta… muito mais há a dizer...
Só para vos situar penso (aqui) numa divisão muito sucinta entre ética autonómica, em que Heidegger reinterpreta o “ethos”, deixando de significar “costumes”, para significar o modo do homem habitar no mundo; e, ética heteroautonómica a qual nos leva a pensar a subjectividade do próprio sujeito, o caminho de uma vida interior, o separado (kaddosh). Mediante disto, Lévinas deu-nos a pensar a ética num outro sentido, no sentido de “santidade” reflectida no rosto de outrem, um rosto que apela já à sua vulnerabilidade. Assim, já diante dum rosto que é o rosto do outro, secreto, separado está desde logo o apelo à obrigação incondicional. É precisamente esta obrigação incondicional diante do outro que me parece permitir pensar a singularidade que, por sua vez, deve entender-se na sua ambiguidade. Por um lado, a singularidade deverá ditar todas as “leis nómicas”, por outro, a mesma “singularidade” permite ajuizar a justeza às leis (éticas), permitindo assim, pensar a própria excepção. É, neste sentido, que E. Lévinas nos dá a pensar a interpretação judaica da ética, permitindo-lhe repensar a tradição ético – filosófica, traduzindo a sinonímia entre “Santidade” e “Ética”. É precisamente esta sinonímia que vem salientar o reconhecimento da alteridade como primazia, manifestando assim, a experiência dissimétrica entre o “eu” e o “outro” em que ambos estão no mesmo plano, embora seja necessário saber que “outro” significa desde logo a obrigação da responsabilidade. Nesta orientação, diante de um repensar da eticidade da ética poderemos aproximar-nos de uma “noção” de ética, proferindo que é a atenção ou o reconhecimento da “Lei das Leis”. Todavia, este reconhecimento significa alcançar que a “lei do outro” não tem nenhum fundamento absoluto e, por isso, não dirá respeito a nenhuma ética normativa (no seu sentido de ethos). É, neste contexto, que nos poderemos situar diante uma ética da inquietude, abrindo espaço à incondicionalidade do “eu” ao “outro”. Esta incondicionalidade (que depois com J. Derrida se traduz em hospitalidade incondicional) poderá sentir-se (leia-se De L’Utilité Des Insomnies) enquanto insónia, se se entender por insónia o despertar meta-ético. Ou seja, no fundo ter insónias seria estar profundamente desperto na medida em que a vigília ocorre diante do outro. À pergunta de Bertrand Révillon: “Est-ce important d’avoir des insomnies? », Lévinas respondeu : « L’éveil est, je crois, le propre de l’homme. Recherche par l’éveillé d’un dégrisement nouveau, plus profond, philosophique. C’est précisément la rencontre de l’autre homme qui nous appelle au réveil, mais aussi des textes qui sont issus des entrenties entre Socrate et ses interlocuteures». Ora, se é precisamente o encontro do outro homem que nos chama a acordar, o encontro do outro é também o grande acontecimento, a visitação, o grande « trauma ». Este é, de facto (na minha orientação), o pano de fundo para estabelecer uma crítica às éticas normativas, na medida em que o encontro do outro não se reduz a nenhum saber suplementar. Pelo contrário, o encontro do outro convida a minha responsabilidade à sua situação de excepção, trazendo uma linguagem que surge na resposta ao apelo do outro ou, doutro modo, uma linguagem que é um apelo ao outro e ao mesmo tempo a chave da modalidade da “desconfiança” (se-méfier-de-soi).Daqui se entende que a proximidade é também uma distância absoluta… muito mais há a dizer...
quarta-feira, janeiro 28, 2009
"Sem ti caminharei sem ti
Tu dizes que tudo está entre parênteses
pergunto a mim mesma que lugar me concedes
sou apenas um minúsculo incidente na tua vida
Põe-me entre parênteses -
e serei capaz de imaginar só por um segundo
que me tens nos teus braços
Tempo nas tuas mãos
Mas para, por ti
ir além,
caminharei para fora dos parênteses
e começarei a viver
mais uma vez
(Não se deveria pensar no parêntese, mas sim no espaço dentro dele e em como enchê-lo de sentido
fecha tu o parêntese "
(Palavras de Ana M. Delgado in Imagens em Blues)
segunda-feira, janeiro 26, 2009
Uma questão que me passava despercebida tornou-se hoje importante enquanto problema ambiental (destruição de ecossistemas). Refiro-me ao problema das marés vermelhas ou castanhas (florescências) que ao concentrarem elevado número de micro - algas acabam por libertar algumas toxinas, havendo também a deplecção de oxigénio e dos nutrientes…agora imaginemos que saboreámos ao almoço uns belos bivalves (por ex. mexilhão,ameijoa...) “apanhados” em zonas contaminadas…Ora neles tende a infiltrar-se a toxina PSP (Paralytic Shellfish Poisoning). Pode acontecer que após meia hora da nossa ingestão de bivaves se manifestem alguns sintomas: paragem respiratória, desequilíbrio… podendo provocar a morte do “individuo” se não for assistido a tempo… Deixando só mais uma nota, a toxina ASP (Amnesic Shellfish Poisoning) é também ela muito grave, podendo provocar perda de memória completa… Isto era só para partilhar a minha frustração com microbiologia, claro que quando comerem uns “bivalvezinhos” vão ter muito mais apetite ...
Imagem em: http://ec.europa.eu/research/rtdinfsup/images/sea1b.jpg
domingo, janeiro 25, 2009
"Pero no basta tener un discurso teórico ni tampoco estar avezado en el análisis de casos. La ética, desde que se empezó a reflexionar sobre ella, tiene que ver con la formación de la persona, con las actitudes, con el carácter. Dicho de otra forma, con una buena disposición para hacerse cargo de los problemas que se plantean y que tienem una dimensión ética indiscutible. Eludir las perguntas éticas y reducirlo todo a cuestiones técnicas, médicas o incluso de procedimento es, en el fondo, simplificar el problema y escurrir el bulto. Es caer en el vicio de la especialización, (...)que, paradójicamente, acaba deshumanizado lo que hacemos los seres humanos" ou, mais precisamente, a todo e qualquer vivente...
(citação: V. Camps, La voluntad de vivir:las perguntas de la bioética, Barcelona, Ariel, 2005, p29).
Pois...como não "dei" Nietzsche durante o curso..deu nisto..Pufff....
Eterno Retorno:
A visão da história da humanidade para Nietzsche parece-me acentar na concepção de um eterno retorno. Deste modo, quando se realizarem todas as possibilidades de combinação dos elementos, tudo se voltará a repetir num novo ciclo. A cultura ocidental, segundo Nietzsche, depois de uma fase de apogeu desde Sócrates entrou numa fase de decadência que a conduziu ao Niilismo, marcado pela ausência de valores (ou até a morte deles), terminando no indiferentismo. Por isto, os valores superiores foram-se substituindo pelos valores dos "escravos", difundidos pelo Cristianismo e consagrados nos regimes democráticos e também a ascensão das classes trabalhadoras. Pode dizer-se que estes falsos valores negam a vida em nome de ilusões (ideais) ou de uma vida futura. Se assim é, a única possibilidade de sair desta fase de decadência seria o homem transformar-se a si próprio, mediante a “mudança” de todos os seus valores, encaminhando-se para aquilo que designou por Super-homem (lembram-se, o homem que fez a travessia do homem pensante racional para o além do pensar...).
Penso que seria interessante pensar na problemática do Eterno Retorno perante uma concepção mecanista dos fenómenos naturais, pois segundo Nietzsche, o Eterno Retorno de todas as coisas, resulta da finitude, do espaço e também das forças cósmicas. As forças cósmicas é que desempenhariam uma competição permanente, produzindo combinações limitadas ao contrário do tempo infinito que faria com que as combinações se repetissem consecutivamente. Contudo, não posso deixar de referir que para suportar o pensamento do Eterno Retorno é preciso ser livre perante a moral e seria o Super-Homem que assumiria o pensamento. Só o Super-Homem pode compreender precisamente como é que o "fatum" é um pensamento exaltante, talvez idêntico ao acaso e à actividade criadora num jogo (divino) para além do bem e do mal.
Posso ainda referir o facto de poder existir (ou não) uma relação entre o Eterno Retorno e a decisão, parece-me que é para impedir que o seu pensamento seja teorizado. (É complicado pensar sobre isto, pois de um modo claro a circularidade do tempo e a decisão não se deixariam conciliar)...
Penso que seria interessante pensar na problemática do Eterno Retorno perante uma concepção mecanista dos fenómenos naturais, pois segundo Nietzsche, o Eterno Retorno de todas as coisas, resulta da finitude, do espaço e também das forças cósmicas. As forças cósmicas é que desempenhariam uma competição permanente, produzindo combinações limitadas ao contrário do tempo infinito que faria com que as combinações se repetissem consecutivamente. Contudo, não posso deixar de referir que para suportar o pensamento do Eterno Retorno é preciso ser livre perante a moral e seria o Super-Homem que assumiria o pensamento. Só o Super-Homem pode compreender precisamente como é que o "fatum" é um pensamento exaltante, talvez idêntico ao acaso e à actividade criadora num jogo (divino) para além do bem e do mal.
Posso ainda referir o facto de poder existir (ou não) uma relação entre o Eterno Retorno e a decisão, parece-me que é para impedir que o seu pensamento seja teorizado. (É complicado pensar sobre isto, pois de um modo claro a circularidade do tempo e a decisão não se deixariam conciliar)...
sexta-feira, janeiro 23, 2009
quinta-feira, janeiro 22, 2009
quarta-feira, janeiro 21, 2009
terça-feira, janeiro 20, 2009
Só porque gostas e apareces-te com aquele olhar meigo, juntamente com o saquinho de Werther's Original..
"Um homem experimenta um fato de pronto-a-vestir e diz ao alfaiate:
- Quero esta manga mais curta! Está cinco centímetros grande de mais!
- Não é preciso. Curve o cotovelo assim- diz o alfaiate.
- Está a ver? A manga sobe.
- Bom, está bem - replica o homem -, mas agora repare no colarinho! Quando curvo o cotovelo, o colarinho sobe até meio da cabeça.
- E depois? - pergunta o alfaiate. - Levante a cabeça para cima e para trás. Perfeito.
- Mas agora o ombro esquerdo está sete centímetros mais baixo que o direito!
- Não há problema - diz o alfaiate. - Incline-se para a esquerda ao nível da cintura e fica equilibrado.
O homem sai da loja com o fato vestido, com o cotovelo direito curvado e espetado para fora, com a cabeça levantada e inclinada para trás e com o corpo inclinado para a esquerda. Só consegue deslocar-se com um andar desajeitado e espasmódico.
Nesse momento, dois transeuntes olham para ele.
Diz o primeiro:
- Repara naquele pobre aleijado. Sinto imensa pena dele.
- Sim, mas o seu alfaiate deve ser um génio! - replica o segundo. - Aquele fato assenta-lhe como uma luva."
(in, Platão e um Ornitorrinco Entram Num Bar...)
Dia 20 de Janeiro de 2009, pouco passava das 17h (em Portugal), já se ouvia a voz de Barack Obama nos EUA...Pouco precisei de ouvir. Num primeiro momento, a habitual burocracia deu para agradecer a Bush (ainda não sei bem o quê); num segundo momento já se ouvia: «continuamos a ser a nação mais poderosa e mais próspera da terra»...mas com certeza trata-se de apresentar a "esperança" como motivação. Fico a assistir na primeira fila da bancada...
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Não as perguntas não são minhas... até porque o engraçado é que há respostas ao longo da explicação que auto-anulam a pergunta anterior..sinceramente! A propósito, continuo sem a resposta do "senhor jurista". Perguntava eu inocentemente (risos) quem determina a maturidade da criança??????? Sim, tive a resposta normal...a NÃO-RESPOSTA. Para quem já se questionou ao pôr-se "nas mãos" dos cuidados médicos, aqui fica a minha proposta de leitura:
1- O consentimento informado do paciente é necessário?
2- Quem deve prestar informações ao paciente antes de um exame ou tratamento?
3- Tem de ser o médico que recomenda a intervenção ou pode ser um outro médico?
4- Quando colaboram médicos de serviços diferentes, quem tem a obrigação de informar?
5- Quem recebe a informação?
6- A família também deve receber a informação?
7- O que é o “esclarecimento terapêutico”?
8- Quando se transmite a informação?
9- O que deve ser feito quando os familiares do paciente solicitam ao médico que omita informação ao paciente?
10- Quais são as excepções ao dever de informar?
11- Que quantidade de informação deve ser prestada aos pacientes?
12- Alguns tópicos para a informação:
13- Também é obrigatório revelar riscos de verificação muito rara, mas muito grave?
14- Como se deve informar?
15- A informação é escrita ou oral?
16- O consentimento tem de ser escrito ou pode ser oral?
17- Os “Formulários” são a melhor forma de obter o consentimento informado?
18- O conteúdo dos “formulários” é livre?
19- Se os “Formulários” não dão garantias de prova de que se praticou o consentimento informado, como é que os médicos podem obter essas garantias?
20- Há outras maneiras de registar a prática do consentimento informado, para além dos “Formulários”?
21- O consentimento é válido durante quanto tempo?
22- O paciente pode revogar a sua decisão durante o procedimento?
23- Um paciente capaz pode recusar um tratamento?
24- O que é o consentimento presumido?
25- O que deve ser feito quando o paciente pede ao médico para que este tome a decisão por si?
26- Se o paciente dá o consentimento para a recolha de sangue durante um exame, é necessário especificar quais os testes que serão realizados?
27- O médico que realiza a intervenção tem o dever de confirmar se o paciente deu um consentimento realmente informado?
28- Pode-se realizar um tratamento numa situação de urgência, estando o paciente incapaz de dar o seu consentimento?
29- Pode-se tratar um paciente adulto portador de um documento que recusa todos ou alguns tratamentos?
30- O que se deve fazer quando o paciente está inconsciente e se dá uma descoberta inesperada durante o curso de uma intervenção que requer tratamento imediato?
31- As crianças e os jovens têm capacidade para consentir?
32- Se os pais recusarem um tratamento, pode o médico agir contra vontade destes?
33- Pode-se tratar uma criança numa situação de urgência sem que nenhum familiar possa prestar o consentimento?
34- Quem autoriza a intervenção no caso de o paciente ser um adulto incapaz para consentir?
35- O que são as directivas antecipadas, testamentos de vida ou desejos previamente expressos?
36- Quais as exigências das “directivas antecipadas”?
37- Qual o valor das “directivas antecipadas” no direito português?
38- É necessário pedir o consentimento ao paciente para que os estudantes assistam a uma consulta?
39- É necessário pedir consentimento antes de o paciente ser questionado e examinado por estudantes de medicina no âmbito da sua formação?
40- É necessário pedir o consentimento de pacientes para o uso de gravação vídeo e áudio das intervenções feitas, que se destinem a fins de ensino?
41- É necessário o consentimento do paciente antes de se realizar o teste de VIH/SIDA?
42- Que informação deve ser transmitida ao paciente?
43- Quando uma criança não tem capacidade para consentir, podem os detentores da autoridade parental autorizar essa intervenção?
44- No caso de um profissional de saúde ter um acidente com uma seringa ou se sofrer outro acidente de trabalho envolvendo fluidos sanguíneos ou orgânicos, pode ser realizado um teste para o VIH/SIDA, num paciente?
45- Pode-se fazer o teste de VIH/SIDA a um cadáver de um paciente quando um profissional de saúde tenha tido um acidente com uma seringa ou outro
46- O médico pode ser responsabilizado por não ter cumprido as regras do consentimento informado?
(Fonte: OLIVEIRA, G.D, e PEREIRA A. D, Consentimento informado, Centro de Direito Biomédico: Coimbra, 2006).
2- Quem deve prestar informações ao paciente antes de um exame ou tratamento?
3- Tem de ser o médico que recomenda a intervenção ou pode ser um outro médico?
4- Quando colaboram médicos de serviços diferentes, quem tem a obrigação de informar?
5- Quem recebe a informação?
6- A família também deve receber a informação?
7- O que é o “esclarecimento terapêutico”?
8- Quando se transmite a informação?
9- O que deve ser feito quando os familiares do paciente solicitam ao médico que omita informação ao paciente?
10- Quais são as excepções ao dever de informar?
11- Que quantidade de informação deve ser prestada aos pacientes?
12- Alguns tópicos para a informação:
13- Também é obrigatório revelar riscos de verificação muito rara, mas muito grave?
14- Como se deve informar?
15- A informação é escrita ou oral?
16- O consentimento tem de ser escrito ou pode ser oral?
17- Os “Formulários” são a melhor forma de obter o consentimento informado?
18- O conteúdo dos “formulários” é livre?
19- Se os “Formulários” não dão garantias de prova de que se praticou o consentimento informado, como é que os médicos podem obter essas garantias?
20- Há outras maneiras de registar a prática do consentimento informado, para além dos “Formulários”?
21- O consentimento é válido durante quanto tempo?
22- O paciente pode revogar a sua decisão durante o procedimento?
23- Um paciente capaz pode recusar um tratamento?
24- O que é o consentimento presumido?
25- O que deve ser feito quando o paciente pede ao médico para que este tome a decisão por si?
26- Se o paciente dá o consentimento para a recolha de sangue durante um exame, é necessário especificar quais os testes que serão realizados?
27- O médico que realiza a intervenção tem o dever de confirmar se o paciente deu um consentimento realmente informado?
28- Pode-se realizar um tratamento numa situação de urgência, estando o paciente incapaz de dar o seu consentimento?
29- Pode-se tratar um paciente adulto portador de um documento que recusa todos ou alguns tratamentos?
30- O que se deve fazer quando o paciente está inconsciente e se dá uma descoberta inesperada durante o curso de uma intervenção que requer tratamento imediato?
31- As crianças e os jovens têm capacidade para consentir?
32- Se os pais recusarem um tratamento, pode o médico agir contra vontade destes?
33- Pode-se tratar uma criança numa situação de urgência sem que nenhum familiar possa prestar o consentimento?
34- Quem autoriza a intervenção no caso de o paciente ser um adulto incapaz para consentir?
35- O que são as directivas antecipadas, testamentos de vida ou desejos previamente expressos?
36- Quais as exigências das “directivas antecipadas”?
37- Qual o valor das “directivas antecipadas” no direito português?
38- É necessário pedir o consentimento ao paciente para que os estudantes assistam a uma consulta?
39- É necessário pedir consentimento antes de o paciente ser questionado e examinado por estudantes de medicina no âmbito da sua formação?
40- É necessário pedir o consentimento de pacientes para o uso de gravação vídeo e áudio das intervenções feitas, que se destinem a fins de ensino?
41- É necessário o consentimento do paciente antes de se realizar o teste de VIH/SIDA?
42- Que informação deve ser transmitida ao paciente?
43- Quando uma criança não tem capacidade para consentir, podem os detentores da autoridade parental autorizar essa intervenção?
44- No caso de um profissional de saúde ter um acidente com uma seringa ou se sofrer outro acidente de trabalho envolvendo fluidos sanguíneos ou orgânicos, pode ser realizado um teste para o VIH/SIDA, num paciente?
45- Pode-se fazer o teste de VIH/SIDA a um cadáver de um paciente quando um profissional de saúde tenha tido um acidente com uma seringa ou outro
46- O médico pode ser responsabilizado por não ter cumprido as regras do consentimento informado?
(Fonte: OLIVEIRA, G.D, e PEREIRA A. D, Consentimento informado, Centro de Direito Biomédico: Coimbra, 2006).
domingo, janeiro 18, 2009
Só porque é Domingo e porque "ironizar" faz bem:
Passado algum tempo de me ter perguntado: como posso explicar o facto de pensar que existem domínios a escapar à argumentação formal se tenho de utilizar a argumentação para explicar aquilo que para mim não se "argumenta"?; percebi que fui enganada pela minha "mente"...e sem razões!!! Eu "tinha" dois "exemplos" (ui e que exemplos) tão perto: 1. Michael Polanyi e o seu conhecimento tácito; 2. Manuela Ferreira Leite e o seu dizer, nada dizendo...
Oh jeune.... (foto minha).
Para aquela amiga dos olhos azuis...(risos):
"A solidão desola-me; a companhia oprime-me. A presença de outra pessoa descaminha-me os pensamentos; sonho a sua presença com uma distracção especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir"
(in, Desassossego, Fernando Pessoa/Bernardo Soares)
sábado, janeiro 17, 2009
sexta-feira, janeiro 16, 2009
quinta-feira, janeiro 15, 2009
Diante das folhas com J. Derrida:
O coração a tremer, as mãos a suar e as palavras repetidamente ecoadas no meu cérebro minúsculo: “il faut toucher sans toucher” (J. Derrida, Le Toucher, Jean-Luc Nancy, Éditions Galilée, Paris, 2000, p.81.). E eu…desmaiada, embebida no toque que permanecerá uma fronteira, tocando o que não toca, pergunto-me se será uma «declaração » de «abstinência» ? E, como lidar com esta «abstinência » que contém em si todo o sentimento de vontade ?
Foto de: eric kellerman
quarta-feira, janeiro 14, 2009
A propósito do mau uso dos media:
A 13.11.08 viu-se:
“Bone marrow 'cures HIV patient': Doctors in Germany say a patient appears to have been cured of HIV by a bone marrow transplant from a donor who had a genetic resistance to the virus…” (in, http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/7726118.stm). E agora eu digo:
Até que ponto para um indivíduo que “tem” Sida, ou seja, quando tem mais de 200 “linfócitos” CD4 por milímetro cúbico é “justo” ler uma notícia como esta? Perguntem a uma pessoa consciente se a “aplasia” deve ser terapêutica?
Apenas para deixar uma nota… é verdade que este paciente após o transplante da medula óssea ficou completamente curado. Contudo, este caso só aconteceu porque a medula que recebeu tem o CCR5 modificado que por acaso é imune (penso eu)… Por isso, para os olhos mais susceptíveis não vejam a cura por este processo. Seria preciso encontrar uma zona estável no gp120 (agora imaginem o quanto é difícil espetar um garfo numa “gelatina” e estabilizá-la).
A propósito da teoria do conhecimento (no contexto humorístico):
Secretária: Senhor Doutor, está um ding an sich na sala de espera.
Urologista: Outro ding an sich! Se vir mais um hoje, acho que vou gritar! Quem é?
Secretária: Como quer que saiba?
Urologista: Descreva-o.
Secretária: Só pode estar a brincar!
in, Platão e um Ornitorrinco Entram Num Bar...
Secretária: Senhor Doutor, está um ding an sich na sala de espera.
Urologista: Outro ding an sich! Se vir mais um hoje, acho que vou gritar! Quem é?
Secretária: Como quer que saiba?
Urologista: Descreva-o.
Secretária: Só pode estar a brincar!
in, Platão e um Ornitorrinco Entram Num Bar...
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