segunda-feira, junho 08, 2009

“Alienações"

Vou por ai sem saber bem por onde – vou como se estivesse “alucinada” com uma “realidade” abstracta que me rasga a roupa, o corpo, o sangue. Pergunto por ti em mim, pergunto por mim em ti...ocorrem-me sonhos “mirabolantes” que me fazem mergulhar pela água gelada. A cara escorre, o peito arrepia-se, os braços desmaiam. Inclino-me e cito Baudelaire como “ele” citou Barbereau: « Não compreendo porque o homem racional e espiritual se serve de meios artificiais para chegar à beatitude poética, uma vez que o entusiasmo e a vontade bastam para elevá-lo a uma existência supranatural. Os grandes poetas, os filósofos, os profetas são seres que pelo puro e livre exercício da vontade chegam a um estado em que são ao mesmo tempo causa e efeito, sujeito e objecto, magnetizador e sonâmbulo» (C. Baudelaire, Os paraísos artificiais, trad. José Saramago, Editorial Estampa, Lisboa, 1971, p.207).

2 comentários:

  1. Ai, ai, ai, os paraísos artificias no que dão! lol imagina então o gostinho do ópio ou do AX!
    Sim pq do vinho já tu sabes lol


    bjinhos

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  2. hehehe.. podes crer!..mas enfim... como sabes só vou do copo de leite ao de vinho... risos!

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