“Alguns autores têm chamado a atenção para o alegado «patrocínio» da doença pela indústria farmacêutica: através de campanhas dirigidas para o público em geral, a indústria farmacêutica pretenderia «vender» a doença para chamar a atenção para as terapêuticas mais recentes (Moynihan, Heath e Henry, 2002). A estratégia usada seria o marketing do medo (marketing of fear), que se traduz pela sobrestimação de situações clínicas e factores de risco na população e pela «medicalização» de situações fisiológicas (Moynihan, Heath e Henry, 2002). (...) A publicidade farmacêutica, redireccionada para o público em geral, contribui para a difusão de novas categorias de doenças e para a medicalização da vida diária (Moynihan, Heath e Henry, 2002; Cathebras, 2003). Desta forma, importa promover a divulgação de fontes independentes de informação em saúde (Moynihan, Heath e Henry, 2002), bem como capacitar os utentes, enquanto consumidores de saúde, relativamente às implicações (individuais, sociais e económicas) de um consumo inapropriado de cuidados de saúde" (Almeida, L. M. (2005). «Da prevenção primordial à prevenção quaternária». Revista Portuguesa de Saúde Pública, Vol. 23, Nº 1. P.94).
segunda-feira, maio 25, 2009
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