Buracos de Comunicação:
Pelo que tenho entendido, se "situarmos" o ozono na troposfera, o seu efeito (em elevadas concentrações) poderá exercer um efeito tóxico nos animais, poderá originar problemas respiratórios, irritação ocular ou até mesmo levar a um efeito corrosivo em vários materiais... entre muitas outras coisas. Este gás acumula-se (principalmente) numa camada com cerca de 15 km de espessura na estratosfera, designada por “camada de ozono”. Aqui, o ozono desempenha o papel de escudo protector, absorvendo grande parte das radiações ultravioleta (penso que cerca de 95%)... Claro que não há protecção que valha às pessoas que se expõem ao sol (por exemplo) em períodos longos e de forte intensidade! Todavia, o aspecto que gostava de focar é precisamente o da composição da “camada do ozono”, dado que, a sua composição se manteve inalterada durante milhões de anos. Porque é que nas últimas décadas se tem assistido “à sua” degradação com o aparecimento dos designados “buracos de ozono” (ou buracos na camada de ozono)?! Aquilo que se tem observado é que há zonas da estratosfera onde “esta camada” se apresenta extremamente fina e, por isto, observa-se também a diminuição dos efeitos protectores. Ao que percebo, o maior responsável por esta situação é o cloro presente no CFC’s utilizados em sprays, embalagens de plástico, chips de computador, solventes para a indústria electrónica e, especialmente, aparelhos de refrigeração (como frigoríficos e os ares condicionados). Ora, penso que só por volta de 1973 se investigou o destino dos CFC’s, chegando-se assim, a resultados preocupantes. Traduzindo esta preocupação, aquilo que se observou foi que após a libertação das moléculas destes compostos para a superfície, “elas” são “virtualmente indestrutíveis”. E, mesmo que “elas” permaneçam 8 anos na baixa atmosfera, estas moléculas, migram lentamente para a estratosfera onde se irá originar uma sequência de reacções. E, com isto, comecei a pensar: mesmo que a partir deste momento não se libertassem mais CFC’s para a atmosfera (o que é impossível), para ser possível uma reacção positiva a este problema, seriam precisos um ou dois séculos. Com isto, pergunto: como se pode falar em desenvolvimento sustentável?
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