“Aqui e Agora”:
Como uma das minhas atracções passa pela exploração da filosofia e/na moda esperava ouvir um parecer interessante em directo..A verdade é que acabei “desgostosa” ao ouvir a “nossa” estilista de renome internacional (Fátima Lopes). Pareceu-me um discurso vazio e "inadequado"... Era preciso salientar:
1- Como se disse, a obesidade é uma doença (especialmente) grave para a juventude do nosso país.
2- "A moda" deveria também salientar e ir ao encontro ao trabalho que se tem tentado “fazer” : “(...) a Organização Mundial de Saúde (OMS), em Health for all, estabeleceu metas de saúde para os próximos anos, tendo a promoção da saúde e os estilos de vida saudáveis uma abordagem privilegiada no ambiente escolar (...)”.
3- A ideologia da saúde foi criadora da própria utopia da saúde perfeita, esquecendo que saúde acaba por ser o “projecto” que tentamos cuidar ao longo da vida e, por isso, o cuidado é a estrutura da saúde. Deve entender-se que tomar cuidado não significa apenas o viver da vida biológica (o modo despreocupado com que a estilista falou do corpo como objecto lembrou-me o paradigma biomédico: de tudo o que pode fazer-se deve fazer-se).
4- Ainda que a moda seja um “espectáculo” como mencionou Fátima Lopes não deixa de ter responsabilidade perante este “tipo” de eventos, esperava-se um discurso ponderado, atento e dentro do possível “solidário”. Não penso que fosse "ideal" atacá-la pela questão abordada, da cirurgia plástica, mas era "ideal" ter-lhe perguntado: Que tipo de intervenção/sensibilização se pode esperar do dito “mundo da moda” para alertar os jovens tanto no excesso de peso como no excesso de magreza? Como pode o “mundo da moda” contribuir para gestão da escolha informada (dos jovens em especial) se é dos espectáculos que mais incentiva ao consumo? Como pode o “mundo da moda” ser reconhecido e requerer a consulta da sua opinião em questões sociais?
2- "A moda" deveria também salientar e ir ao encontro ao trabalho que se tem tentado “fazer” : “(...) a Organização Mundial de Saúde (OMS), em Health for all, estabeleceu metas de saúde para os próximos anos, tendo a promoção da saúde e os estilos de vida saudáveis uma abordagem privilegiada no ambiente escolar (...)”.
3- A ideologia da saúde foi criadora da própria utopia da saúde perfeita, esquecendo que saúde acaba por ser o “projecto” que tentamos cuidar ao longo da vida e, por isso, o cuidado é a estrutura da saúde. Deve entender-se que tomar cuidado não significa apenas o viver da vida biológica (o modo despreocupado com que a estilista falou do corpo como objecto lembrou-me o paradigma biomédico: de tudo o que pode fazer-se deve fazer-se).
4- Ainda que a moda seja um “espectáculo” como mencionou Fátima Lopes não deixa de ter responsabilidade perante este “tipo” de eventos, esperava-se um discurso ponderado, atento e dentro do possível “solidário”. Não penso que fosse "ideal" atacá-la pela questão abordada, da cirurgia plástica, mas era "ideal" ter-lhe perguntado: Que tipo de intervenção/sensibilização se pode esperar do dito “mundo da moda” para alertar os jovens tanto no excesso de peso como no excesso de magreza? Como pode o “mundo da moda” contribuir para gestão da escolha informada (dos jovens em especial) se é dos espectáculos que mais incentiva ao consumo? Como pode o “mundo da moda” ser reconhecido e requerer a consulta da sua opinião em questões sociais?
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