quarta-feira, junho 02, 2010

Breve apontamento a propósito de Nicolau de Cusa

Encruzilhada num jogo de contradições, completamente desinteressantes, uma mixórdia de parvoíces começou a apoderar-se da Jeune, regurgitando: Se Deus é fim sem fim ou infinito, porque é que - Deus - é o que ele próprio tem ("se tens o fim és o fim")? Se Deus é fim infinito, pois é fim de si mesmo e, ao mesmo tempo, o seu fim é a sua essência, como é que o mundo é a manifestação de Deus (explicatio dei)? (Florzinhas - uma realidade divina, suprema e infinita, (des)enlaçada da/na mundana, como ponto de encontro dos elementos finitos: a unidade dos opostos (coincidentia oppositorum) que transcende toda a posição individual e mundana!). Chegados ao "fim", como todo o conhecimento é discursivo (céus) face à impossibilidade de não captar a realidade infinita de Deus, senão através da sua manifestação no mundo, a atitude do homem (a mulher não existia) em relação à realidade é a da douta ignorância - de um saber que não se sabe...

Imagem disponível em: http://www.cartoonstock.com/cartoonview.asp?start=17&search=main&catref=dsn0280&MA_Artist=&MA_Category=&ANDkeyword=Omnipotence+of+God&ORkeyword=&TITLEkeyword=&NEGATIVEkeyword=

11 comentários:

  1. e entre heraclito lido por sócrates e platão desdito pelos anteriores, cusa nem descobre nem inventa: aplica às mesmas esferas (ontológicas) com outra dimensão (metafísica) a cruzada anti-parmenidiana: e esse o seu falhanço. porque o paradoxo de zenão não o é somente quanto ao movimento (físico) mas também comunicacional (no sentido de filosofia da linguagem). daí que razão tivesse kant: é o sublime que resolve esta trapalhada toda. do que é dito indizivelmente. (in)captável.


    (normalmente não me armo tanto ao pingarelho, mas reminiscências de um semestre inteiro de cusa levaram-me a este ataque de insanidade momentânea. desculpe :-)

    (silje é pior que lisa, porque lisa é, quand même, mais consistente. ambas, contudo, com grandes álbuns.)

    (gostei do que fui lendo por aqui, hei-de voltar)

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  2. Sem-se-ver,
    Muito obrigada pelo comentário.
    "Insanidade momentânea"?! Grande "sarabanda" que a Jeune levou… (e eu a pensar que Zenão estava cheio de paradoxos… "vai na volta" ainda conseguimos ver o seu alcance fenomenológico).
    Quanto a Silje (pior!? OMG) traz-me "reminiscências" que a Lisa nunca vai trazer – risos.
    Boa continuação, volte sempre.

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  3. eheh.

    melhor porque na minha opinião, como disse, tem uma carreira mais consistente (menos irregular) do que a lisa, seja na voz, seja no estilo (embora a lisa se arrisque a perder-se imenso...).

    mas não me entenda mal: silje, qd boa, é magnifica. adoro.

    (risos são sempre sempre sempre a melhor recordação de todas)

    obg, tenho voltado. catrapiscando as meninas francesas: camille já conhecia, fiquei encantada com a amélia dos lápis, e hoje com a loizeau, que vou explorar (tem um site magnífico, já lá foi?)

    (qt ao zenão, acho o máximo - e não só enqt divertimento lógico!)

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  4. As francesas vêm por "outra" "sem-se-ver". Ainda não fui ao site!!!Mas vou…vou…

    (E, sim, Coimbra é "um espanto" - à distância…)

    ("Divertimento lógico" fujo da expressão como a Jeune foge da água - risos).

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  5. claire diterzi, conhece? há a etiqueta no meu blog e há, claro, várias no youtube.

    foi uma das minhas descobertas este ano.

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  6. O site da Emily está interessante, porém, creio não ter idioma inglês (grande falha típica dos "francesinhos" - risos)…
    Não a Jeune diz que não conhece (insuportáveis lapsos de ignorância) a Claire Diterzi, mas já está em estudo…(obrigada)!

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  7. enorme falha típica dos francesinhos, sem dúvida.

    (e, mesmo já se tendo taoooo mal com isso, ei-los que persistem!)

    (design fabulosamente retro, não achou?)

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  8. Sem-se-ver,
    Muito depende do que por "retro" se entende (sou uma picuinhas)... (Deixe-me brincar: parece um cenário do Pirata das Caraíbas – e só é tolerável pela rememoração do Depp - risos). (Prefiro o design do Ray: http://www.raycaesar.com/).

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  9. ja fui. nao conhecia a obra do sr, muito interessante. mas eu falava do template e da obra em flash do da emily, que eu acho retro... porque não o acha?...

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  10. O template parece que tem algo de artificial – talvez a sua tonalidade entre o sépia e uma espécie de preto e branco negativo…

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