Saga de política nacional da treta:
Quando eu era pequenina pensava que a "justiça" dava a alma à "democracia"; esta daria ânimo à "política" e, por sua vez, esta daria alento à melhoria da "formação". Quimera de tretas! Nos dias de hoje não há formação política, há uns joguitos emporcalhados de advérbios de modo + os conhecimentos "inter-relacionais" que, segundo o que tenho observado nos últimos dias – "é experiência política – muitos anos menina". Costumo ouvir bem (tenho uma sensibilidade apurada), sorrir e, até mesmo, fazer-me de ignorante (que ainda sou). A minha mente também atesta a ignorância de algumas pessoas e, no fim, o ditame da minha arrogância surge. A minha consciência lacrimeja (vá só uns minutinhos), mas não encontro outro modo de lidar face a tanto pretensiosismo, face àqueles tons de voz monocórdicos que têm tanto de educação como de hipocrisia…
Sei que não é suficiente, mas aquilo que era próprio dos antepassados e da sociedade grega arquetípica, como na República de Platão, era indagar por uma definição de "justiça" (dikaiosyne) que partia da asserção de (novamente) "justiça" como "a saúde da alma". Por sua vez, esta afirmativa originava a discussão de como seria organização da polis como um macroanthropos e da alma do homem como uma micropolis. Obviamente que a este método ("deficiente") acabaria por se chamar: «dialéctica». Partira de uma hipótese para mostrar que "ela" levava a uma contradição, apresentando assim, um elenchos. Ora, se o elenchos fosse bem sucedido e, se chegasse à contradição, então, a hipótese era refutada. Isto significa o quê? Que a corrupção era motivo de reflexão filosófica e, que era essencial discutir argumentos. Alguém se importa com isto? Não! É Natal, bom – bom, é ouvir o nosso Primeiro a elogiar o Francisco de Assis, Ricardo Rodrigues e Sérgio S. Pinto e, ainda, ouvir a senhora Leite a falar de "chantagem política". Será que o nosso Primeiro se lembra do final do livro I da República?! Sócrates – o verdadeiro – deixou-nos face a duas aproximações no "conceito de justiça": a) "justiça" como uma virtude (aretê) que "provocaria" a melhoria dos homens; b) como uma virtude ligada à arte política (tecnhê politikê). É Natal, Sócrates – o pérfido – até diz que «Nenhum de nós perderá se os homossexuais se poderem casar» (deve ser um presente natalício)http://www.tvi24.iol.pt/politica/socrates-casamento-gay-homossexuais-primeiro-ministro-tvi24/1111915-4072.html). Então, mas isso de «os homossexuais» quer dizer que são de uma linhagem diferente? "Epá" espero que não perca grande coisa, senão – ui – senão! Lembrar-se-á, ao menos (porque é ainda insuficiente) do que disse Aristóteles no Livro V da Ética a Nicómaco: "A justiça (dikaiosyne) é a virtude que nos leva a desejar o que é justo (dikaion)". No sentido comum: dikaion pode significar tanto o legal (nomimon) como o igual (ison), uma dicotomia manifestada na linguagem popular – legal/igual que marca dois modos de se estabelecer o que é devido a outrem: pela lei ou pela igualdade...
Sou de Esquerda, não sou fanática...
Olá Jeune Dame de Jazz
ResponderEliminarPassei por aqui para desejar um feliz Natal, sobretudo com a companhia daqueles que são mais queridos, com muita alegria e amizade, e sem esquecer a solidariedade para com os que mais precisam.
Um abraço
..mas que post enorme ! é dos maiores que já te vi fazer! (será este post uma prenda de natal para os teus leitores?) Quanto ao assunto, em duas palavras: 'Não me interessa nada acerca disso e muito mais!' Tenho dito.
ResponderEliminarAgora de volta ao cerelac...
Olá Manuela,
ResponderEliminarEsta "época do ano" - o Natal - não tem significado para mim. De qualquer modo, é uma oportunidade de não esquecer os que mais precisam...
Um grande abraço e Boas "Festas".
Gato,
ResponderEliminarClaro que não te interessa nada!No teu pensamento utilitarista só importa o que tiver utilidade "para ti - agora, ficas "avisado" - LONGE DOS MEUS CHOCOLATES - esses só podem ser úteis para mim! Mau..