sábado, março 20, 2010

Leituras da Treta (II) - Notas soltas a propósito de um esquema funcional da linguagem (entre Bühler/ Habermas/ Wiitgenstein/ Searle e outros que tal): organon da linguagem e mera demagogia dialéctica...

1 - Se Bühler vê no intencionalismo uma concepção através da qual a linguagem assume a expressão de um instrumento, então, aquele que fala: usa signos e ligações de signos! (concebidos enquanto meio de notificar o seu interlocutor a propósito das suas intenções e/ou convicções - puff - que interessante).

2 - Por comparação à actividade de representação dos sujeitos individuais - o facto das acções serem mediadas pela linguagem assume um papel secundário.

3 - A expressão e o apelo assumem um objectivo manipulador: trata-se de observar a conclusão retirada pelo ouvinte face ao falante, motivando-o a formar uma convicção correspondente. Há, aqui, uma estratégia de explicação para desenvolver a premissa de que aquilo que se pretende dizer não se determina pelo que é dito. Neste contexto, o uso da linguagem apresentar-se como uma manifestação inerente à soberania geral dos sujeitos actuantes (que pânico!)

4 – No que diz respeito à semântica formal: adequa-se à forma gramatical das expressões linguísticas. O uso da linguagem e da compreensão linguística acaba por ter um papel "inferior" face ao sistema de regras próprio da linguagem. Neste sentido, o objecto da teoria do significado é edificado pelas expressões linguísticas e não pelas relações usuais (pragmáticas) entre falantes e ouvintes... (Os senhores deuses pretendem a compreensão plena de uma expressão não resultante duma relação pragmática do falante perante o ouvinte, mas sim, das propriedades formais das expressões e regras através das quais as próprias expressões se constituem – cada vez melhor).

5 – Searle (a praga total) tanta procura pelo funcionalismo que se tornou disfuncional com as "condições preparatórias" + padrões contextualizados + condições de compreensibilidade e sinceridade + condições para a forma semântica + "condições essenciais"…

Ler: Habermas, J. (2002). Racionalidade e Comunicação (Rodrigues, P., Trad.). Lisboa: Edições 70. pp. 149 - 183. (Simplesmente insuportável).

2 comentários:

  1. Para já, ler Habermas é já ler treta. E segundo, não percebo porque é que pretende difamar o meu Witty.

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  2. Witty.?!Uns joguitos artificiais de linguagem!? "senhor tem piedade de nós"....

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