“Ele” estava sozinho e apertado pelas estantes da FNAC...comecei a pensar: "coitadinho" está para aqui cheio de frio ao pé destes “bichos” todos, mais vale ir para a “minha estante”… ao pé dos "irmãozinhos" estará muito mais aconchegado! E aqui está "ele" a falar (não se cala):
“ (…) Num parênteses, no momento em que o filósofo faz a sua entrada no discurso mefistofélico, Derrida comenta: «eis o atraso do filósofo, daquele que, atrasado, analisa ao retardatário (après coup) e de quem os estudantes nunca aprenderão o segredo do que é tornar-se-tecelão, nem aliás, por definição, e devido a uma alergia essencial, qualquer segredo». O que necessariamente escapa ao filósofo, devido à alergia que se deve à sua essência de filósofo, é portanto o «segredo». E que o segredo lhe escape não é ainda o pior, o pior é mesmo a sua vontade de reduzir o segredo, de o reduzir a nada, negando-o, não o vendo mesmo, e pretendendo analisar tudo, explicar tudo.”
Mallet, M. L., Gruber, M. C. (2003). Travessias da Escrita:Leituras de Hélene Cixous e Jacques Derrida. (Bernardo, F. Trad. e Pref.). Coimbra: Palimage Editores. P.57.
Mallet, M. L., Gruber, M. C. (2003). Travessias da Escrita:Leituras de Hélene Cixous e Jacques Derrida. (Bernardo, F. Trad. e Pref.). Coimbra: Palimage Editores. P.57.
Sem comentários:
Enviar um comentário